📉 Dólar ainda tem muito mais espaço para cair, diz economista-chefe do Goldman Sachs
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- Economista-chefe do Goldman Sachs prevê que o dólar pode desvalorizar até 6% nos próximos 12 meses.
- Fatores como incertezas tarifárias e temores de recessão nos EUA estão pressionando a moeda americana.
- O movimento de “desdolarização” está em aceleração, com investidores reavaliando o papel do dólar como reserva global.
- A desvalorização do dólar pode aumentar a volatilidade nos mercados globais, afetando economias e empresas expostas à moeda.
- Especialistas apontam que a substituição do dólar enfrenta obstáculos significativos.
Índice
- Previsões do Goldman Sachs
- Fatores que influenciam a queda do dólar
- Implicações econômicas e financeiras
- Comentários de especialistas
- FAQ – Perguntas Frequentes
Previsões do Goldman Sachs
O economista-chefe do Goldman Sachs, em recente análise, indicou que o dólar pode cair para 1,20 por euro e 135 ienes por dólar nos próximos 12 meses. Essa previsão representa uma desvalorização de aproximadamente 6% em relação aos níveis atuais. Segundo o relatório, as incertezas tarifárias e os temores de uma recessão nos Estados Unidos têm contribuído para essa expectativa de queda, minando o que é conhecido como o “privilégio exorbitante” dos ativos americanos, que historicamente sustentou a força do dólar no mercado global.
Fatores que influenciam a queda do dólar
Diversos fatores estão em jogo na previsão de desvalorização do dólar. A reavaliação do papel da moeda como reserva global está sendo impulsionada por um movimento crescente de “desdolarização”. Especialistas apontam que, apesar de um recuo nas políticas tarifárias, a confiança no dólar está em declínio, levando investidores a reconsiderar suas posições em ativos denominados na moeda americana.
Implicações econômicas e financeiras
A desvalorização do dólar pode ter consequências significativas para os mercados globais. Com investidores estrangeiros detendo cerca de US$ 19 trilhões em ações americanas e US$ 7 trilhões em títulos do Tesouro dos EUA, uma redução nessas posições pode pressionar ainda mais a moeda. Além disso, a volatilidade nos mercados pode aumentar, afetando países e empresas que têm exposição ao dólar.
Comentários de especialistas
Analistas do Goldman Sachs e de outras instituições financeiras, como o Deutsche Bank, destacam que questões institucionais e econômicas nos EUA comprometem a força do dólar a longo prazo. George Saravelos, do Deutsche Bank, observa que a perda de confiança no dólar como reserva global está acelerando o processo de desdolarização. Stephen Jen, da Eurizon SLJ Capital, complementa que o dólar está atualmente 19% acima do seu valor justo em relação a outras moedas importantes, e uma desaceleração da economia americana, juntamente com cortes drásticos nos juros pelo Federal Reserve, poderia catalisar uma queda ainda maior.
FAQ (Perguntas Frequentes)
- P: O que é o “privilégio exorbitante” do dólar?
R: Refere-se à posição do dólar como a principal moeda de reserva global, que permite aos EUA financiar déficits com mais facilidade. - P: Quais são os principais fatores que podem levar à desvalorização do dólar?
R: Incertezas econômicas, políticas tarifárias, recessão e a reavaliação do papel do dólar como reserva global. - P: Como a queda do dólar pode afetar os investimentos no Brasil?
R: A desvalorização do dólar pode impactar a cotação do real e a rentabilidade de ativos atrelados à moeda americana. - P: O que é “desdolarização”?
R: É o processo pelo qual países e investidores buscam reduzir sua dependência do dólar em transações internacionais e reservas. - P: Quais moedas podem substituir o dólar como reserva global?
R: O euro e o yuan chinês são frequentemente citados, mas enfrentam desafios significativos, como a necessidade de consenso entre países e controles cambiais.
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