Petlove recorre ao Cade contra fusão entre Petz e Cobasi; empresas negam risco concorrencial
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- A Petlove apresentou recurso ao Cade contra a aprovação da fusão entre Petz e Cobasi, questionando possíveis riscos concorrenciais.
- Distribuidoras indicam cláusulas de paridade de preços em contratos com grandes redes, o que pode limitar a concorrência no varejo pet.
- Petz (PETZ3) e Cobasi afirmam que não há práticas anticoncorrenciais e defendem a operação aprovada pelo Cade.
- A fusão prevê que acionistas da Petz terão 52,6% da nova companhia, enquanto os da Cobasi ficarão com 47,4%.
- O recurso pode atrasar a conclusão da operação e aumentar a incerteza no mercado do setor pet.
Índice
Contexto da fusão entre Petz e Cobasi
A fusão entre Petz e Cobasi, duas das maiores redes de varejo pet do Brasil, foi aprovada sem restrições pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A operação prevê a combinação das operações das duas empresas, com os acionistas da Petz detendo 52,6% da nova companhia e os da Cobasi ficando com 47,4%. Essa união visa fortalecer a presença das marcas no mercado, ampliar a oferta de produtos e serviços e aumentar a competitividade frente a outros players do setor.
Recurso da Petlove ao Cade
Apesar da aprovação inicial, a Petlove, concorrente direta no segmento de varejo pet, protocolou um recurso junto ao Cade questionando a decisão. A empresa alega que a fusão pode gerar riscos concorrenciais significativos, que não teriam sido devidamente considerados na análise do órgão antitruste. O recurso pode levar o caso ao Tribunal do Cade, o que atrasaria a conclusão da operação e reabriria as discussões sobre os impactos da fusão no mercado.
Denúncias sobre cláusulas de paridade de preços
Um dos pontos centrais do recurso da Petlove são denúncias de que distribuidoras do setor, como EMBRK, Bonito pra Cachorro e Labyes, teriam contratos com cláusulas de paridade de preços com grandes redes como Petz e Cobasi. Essas cláusulas obrigariam os fornecedores a manter preços iguais ou superiores para concorrentes menores, limitando descontos e reduzindo a competitividade. Segundo a Petlove, essa prática poderia facilitar o controle de preços e fortalecer a posição dominante das grandes redes, prejudicando a livre concorrência no varejo pet brasileiro.
Posicionamento de Petz e Cobasi
Tanto Petz quanto Cobasi negam que a fusão represente riscos concorrenciais. As empresas afirmam que as práticas comerciais adotadas seguem padrões usuais do mercado e que não há qualquer intenção ou ação que possa prejudicar a concorrência. Embora não tenham divulgado declarações detalhadas, ambas reforçam a confiança na aprovação do Cade e na legalidade da operação.
Impactos para o mercado e investidores
O anúncio do recurso da Petlove não provocou impacto negativo nas ações da Petz (PETZ3), que chegaram a subir mais de 3% no Ibovespa no dia do protocolo. No entanto, uma eventual reanálise do Cade pode postergar a integração operacional e financeira entre as duas empresas, aumentando a incerteza para investidores e para o mercado pet como um todo. O setor vem ganhando relevância no cenário brasileiro de fusões e aquisições, e o caso evidencia a atenção crescente do Cade para práticas concorrenciais nesse segmento.
FAQ – Perguntas Frequentes
P: O que motivou o recurso da Petlove contra a fusão entre Petz e Cobasi?
R: A Petlove questiona possíveis riscos concorrenciais, especialmente relacionados a cláusulas de paridade de preços que poderiam limitar a competição no varejo pet.
P: Qual é a participação acionária prevista para Petz e Cobasi na nova empresa?
R: Os acionistas da Petz terão 52,6% das ações, enquanto os da Cobasi ficarão com 47,4%.
P: Como o recurso da Petlove pode afetar o mercado?
R: O recurso pode atrasar a conclusão da fusão, aumentar a incerteza e reabrir discussões sobre práticas concorrenciais no setor.
P: As ações da Petz foram impactadas pelo recurso?
R: Não negativamente; as ações da PETZ3 subiram mais de 3% no dia do protocolo do recurso.
P: Petz e Cobasi admitiram as denúncias da Petlove?
R: Não. Ambas negam práticas anticoncorrenciais e defendem a legalidade da operação aprovada pelo Cade.
Para Finalizar
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