Assembleia da Eletrobras aprova acordo com a União, garantindo 3 assentos no conselho e encerrando disputa no STF sobre limite de voto e Eletronuclear.

Eletrobras aprova acordo com a União e redefine governança

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Eletrobras (ELET3; ELET6) aprova acordo com a União em assembleia de acionistas

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  • A Eletrobras aprovou um acordo que amplia a participação da União em sua governança, encerrando uma disputa judicial no STF.
  • A União terá três assentos cativos no conselho de administração da empresa.
  • O governo se comprometeu a não questionar o limite de voto de 10% para acionistas.
  • A decisão permitirá que a Eletrobras se desvincule do controle da Eletronuclear e reduza compromissos financeiros.
  • A eleição dos conselheiros da empresa também ocorreu na mesma assembleia.

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Aprovação do Acordo

Na assembleia geral extraordinária realizada nesta terça-feira (29 de abril de 2025), os acionistas da Eletrobras aprovaram um acordo de conciliação com a União Federal. Este acordo encerra uma longa disputa judicial que estava em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre aspectos da privatização da companhia. A decisão já era esperada, uma vez que, na segunda-feira (28/04), a Eletrobras havia informado um resultado parcial da votação que indicava apoio suficiente para a aprovação do termo de conciliação.

Pelo acordo, a União passará a ter três assentos cativos no conselho de administração da Eletrobras, além de representação no conselho fiscal. Os indicados são os ex-ministros de Minas e Energia Silas Rondeau e Nelson Hubner, e o atual diretor de transição energética da Petrobras, Mauricio Tolmasquim. Em contrapartida, o governo se comprometeu a não questionar o limite de voto de 10% imposto a qualquer acionista ou grupo de acionistas.

Implicações Econômicas e Financeiras

Com a aprovação do acordo, a Eletrobras poderá se desvincular do bloco de controle da Eletronuclear, que é responsável pelas usinas nucleares de Angra dos Reis. Essa mudança representa uma significativa redução de compromissos financeiros para a companhia, uma vez que a empresa não precisará mais investir na retomada das obras de Angra 3.

Além disso, a decisão dos investidores terá um impacto direto na eleição dos conselheiros da empresa, que também ocorreu na mesma assembleia. Ao todo, dez vagas estavam em disputa no conselho. Com a confirmação dos três indicados pela União, ainda restarão sete nomes da lista original apresentada pela empresa.

Comentários Institucionais

A disputa judicial que agora chega ao fim envolvia o Ministério Público Federal (MPF), que questionava a norma que limitava o poder de voto na Eletrobras. Para o MPF, essa norma teve como alvo exclusivo a União, que atualmente é a única acionista com mais de 10% de participação na companhia. O relator do caso no STF foi o ministro Nunes Marques.

FAQ (Perguntas Frequentes)

  • P: O que foi aprovado na assembleia da Eletrobras?
    R: Foi aprovado um acordo de conciliação com a União, que amplia sua participação na governança da empresa e encerra uma disputa judicial no STF.
  • P: Quais são as implicações do acordo para a Eletrobras?
    R: O acordo permite que a Eletrobras se desvincule do controle da Eletronuclear e reduz compromissos financeiros, especialmente relacionados à obra de Angra 3.
  • P: Quem são os novos conselheiros indicados pela União?
    R: Os novos conselheiros são Silas Rondeau, Nelson Hubner e Mauricio Tolmasquim.
  • P: O que acontece com o limite de voto de 10%?
    R: O governo se comprometeu a não questionar mais esse limite, que se aplica a qualquer acionista ou grupo de acionistas.
  • P: Como a decisão impacta a governança da Eletrobras?
    R: A União terá maior influência na governança, com três assentos garantidos no conselho de administração.

Para Finalizar

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