Aposentada Usada como Laranja em Fraude do INSS Enfrenta Mais de 200 Processos
Tempo estimado de leitura: 4 minutos
- Francisca da Silva de Souza, 72 anos, é vítima de um esquema de fraude que desviou R$ 275 milhões do INSS.
- Ela foi enganada ao assinar um contrato, acreditando que estava contratando um empréstimo.
- A aposentada acumula mais de 200 processos judiciais e enfrenta bloqueio de bens.
- A Defensoria Pública do Ceará tenta desvinculá-la da associação fraudulenta AAPEN.
- O caso revela o uso de pessoas vulneráveis como “laranjas” em fraudes, impactando milhares de aposentados.
Índice
O Caso de Francisca da Silva de Souza
Francisca da Silva de Souza, uma aposentada de 72 anos e moradora da periferia de Fortaleza (CE), se tornou uma vítima de um esquema de fraude que a deixou em uma situação judicial complicada. Analfabeta e pensionista do INSS, ela complementa sua renda como manicure. Em 2023, foi abordada por uma mulher chamada Liduína, que a convenceu a assinar um contrato, acreditando que estava contratando um empréstimo de R$ 1,5 mil. O que Francisca não sabia é que esse documento a tornaria formalmente presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas Nacional (AAPEN), uma entidade agora investigada por desvio de recursos.
A Associação dos Aposentados e Pensionistas Nacional (AAPEN)
A AAPEN, que possuía cerca de 492 mil associados em maio de 2024, é acusada de descontar mensalidades diretamente das aposentadorias dos beneficiários sem a devida autorização. Estima-se que o esquema tenha desviado R$ 275 milhões, com prejuízos potenciais chegando a R$ 6 bilhões para milhares de aposentados, segundo investigações da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU). O uso de pessoas vulneráveis como “laranjas” agrava ainda mais a situação, expandindo o passivo judicial do INSS e aumentando os custos públicos.
Impactos Financeiros e Sociais
Francisca, que recebe uma aposentadoria de apenas R$ 900, enfrenta bloqueios em seus bens e acumula mais de 200 processos judiciais. Além disso, ela tem recebido notificações de pessoas lesadas pela associação, o que ilustra o impacto direto sobre as vítimas usadas como laranjas. O caso de Francisca não é isolado; investigações revelam que presidentes de outras associações podem estar em situações semelhantes, sendo utilizados para encobrir fraudes.
Ação da Defensoria Pública
A Defensoria Pública do Ceará ajuizou uma ação para desvincular Francisca da AAPEN, argumentando que ela foi usada como uma “laranja” e não deve ser responsabilizada por fraudes das quais nunca teve acesso ou benefício. A Defensoria classificou o caso como “fraude dentro da fraude”, destacando a vulnerabilidade e desinformação da vítima. A ação busca garantir que Francisca não responda por responsabilidades administrativas ou financeiras relacionadas à associação fraudulenta.
FAQ – Perguntas Frequentes
P: O que aconteceu com Francisca da Silva de Souza?
R: Ela foi enganada e se tornou presidente de uma associação fraudulenta, acumulando mais de 200 processos judiciais.
P: Qual é o papel da AAPEN nesse esquema?
R: A AAPEN é acusada de desviar R$ 275 milhões por meio de descontos indevidos em aposentadorias.
P: Como a Defensoria Pública está ajudando Francisca?
R: A Defensoria está tentando desvinculá-la da AAPEN e garantir que não seja responsabilizada pelas fraudes.
P: Quais são os impactos financeiros desse esquema?
R: O esquema pode causar prejuízos de até R$ 6 bilhões para aposentados e aumentar os custos públicos com investigações.
P: O que caracteriza o uso de “laranjas” em fraudes?
R: “Laranjas” são pessoas vulneráveis usadas para encobrir atividades fraudulentas, muitas vezes sem seu conhecimento.
Para Finalizar
Quer saber mais sobre fraudes e como se proteger? Continue lendo nosso blog e explore outros conteúdos sobre investimentos e finanças.