CPTS11 lidera alta e volume de vendas após Selic a 15%, enquanto IFIX recua

CPTS11 se Destaca em Vendas Após Selic a 15%

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CPTS11 lidera altas e volume de vendas no 1º pregão após Selic a 15%; IFIX recua

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Contexto do aumento da Selic e impacto nos FIIs

Na última quarta-feira (18), o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica de juros, a Selic, para 15% ao ano, o maior patamar desde 2017. Essa decisão visa conter pressões inflacionárias, mas traz impactos diretos para o mercado financeiro, especialmente para os fundos imobiliários (FIIs).

Historicamente, a alta da Selic torna os investimentos em renda fixa mais atrativos, aumentando o custo de oportunidade para os investidores que buscam renda variável, como os FIIs. Isso costuma pressionar negativamente as cotas desses fundos, já que os investidores exigem retornos maiores para compensar o risco e a concorrência com aplicações de juros elevados.

Desempenho do CPTS11 no primeiro pregão pós-Selic a 15%

Apesar do cenário desafiador, o fundo imobiliário CPTS11 (Capitania Securities II) se destacou no primeiro pregão após o anúncio da elevação da Selic. O CPTS11 liderou as maiores altas do dia e também registrou o maior volume de vendas entre os FIIs negociados na B3.

O fundo foi negociado a R$ 7,00, atingindo a maior cotação do mês de junho de 2025. Além disso, o CPTS11 distribuiu R$ 28,5 milhões em dividendos, com rendimento de R$ 0,09 por cota na data-base de 11 de junho, pago em 18 de junho, o maior valor em quase dois anos. Essa distribuição reforça a atratividade do fundo mesmo em um ambiente de juros elevados.

Comportamento do IFIX e do mercado de fundos imobiliários

O IFIX, principal índice que acompanha o desempenho dos fundos imobiliários na B3, fechou o pregão em leve queda de 0,13%, aos 3.436,70 pontos. Apesar da queda diária, o índice acumulou valorização de 0,52% na semana e 10,28% no ano, embora esteja negativo no mês, com recuo de 0,73%.

Esse movimento reflete a pressão exercida pelo ciclo de aperto monetário, que impacta o apetite dos investidores por ativos de renda variável e renda passiva, como os FIIs. No entanto, a queda do IFIX não foi homogênea, com alguns fundos, como o CPTS11, mostrando resiliência e até valorização.

Por que o CPTS11 se destaca mesmo com juros altos?

O desempenho positivo do CPTS11, mesmo em um cenário de Selic elevada, pode ser explicado por alguns fatores:

  • Liquidez superior à média: O CPTS11 apresenta alta liquidez, facilitando a negociação das cotas e atraindo investidores que buscam facilidade para entrar e sair do ativo.
  • Desconto patrimonial: O fundo está cotado a R$ 7,00, enquanto seu valor patrimonial por cota (VP/C) é de aproximadamente R$ 8,90, indicando um desconto relevante que pode ser interpretado como oportunidade de compra.
  • Distribuição consistente de dividendos: O recente pagamento de R$ 0,09 por cota, o maior em quase dois anos, reforça o potencial de geração de renda do fundo, atraindo investidores que buscam rendimento mesmo em ambiente de juros altos.
  • Gestão eficiente e portfólio sólido: O CPTS11 é reconhecido por sua boa gestão e qualidade dos ativos que compõem seu portfólio, o que contribui para sua resiliência em momentos de volatilidade.

Esses fatores fazem com que o CPTS11 seja visto como uma opção atrativa para investidores que desejam exposição a fundos imobiliários, mesmo diante do aumento da taxa Selic.

FAQ – Perguntas Frequentes

P: Por que a alta da Selic geralmente pressiona os fundos imobiliários?
R: Porque a elevação da Selic torna a renda fixa mais atrativa, aumentando o custo de oportunidade e exigindo maiores retornos dos FIIs para compensar o risco.

P: O que significa o desconto patrimonial de um fundo imobiliário?
R: É quando a cotação do fundo está abaixo do seu valor patrimonial por cota, indicando potencial oportunidade de compra, pois o mercado está precificando o ativo abaixo do valor dos seus bens.

P: Como o CPTS11 conseguiu se valorizar mesmo com a Selic alta?
R: Devido à sua alta liquidez, desconto patrimonial relevante, distribuição consistente de dividendos e boa gestão, que aumentam sua atratividade para investidores.

P: O que é o IFIX e qual sua importância para investidores?
R: O IFIX é o principal índice que mede o desempenho dos fundos imobiliários negociados na B3, servindo como referência para o mercado e para investidores acompanharem a performance do setor.

P: Dividendos maiores indicam sempre um bom investimento?
R: Não necessariamente. É importante analisar a sustentabilidade dos dividendos, a qualidade dos ativos e a gestão do fundo antes de investir.

Para Finalizar

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