Goldman Sachs projeta preço do petróleo a US$ 55 em 2026 e revisa perspectivas para petroleiras latino-americanas

Goldman Sachs prevê petróleo a US$ 55 em 2026

Economia

Alta continua? Goldman projeta petróleo a US$ 55 em 2026 e revisa petroleiras latinas

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  • Goldman Sachs revisa projeções para o petróleo Brent a US$ 55 e WTI a US$ 51 em dezembro de 2026, cenário base.
  • Possibilidade de queda para menos de US$ 40 o barril em cenário pessimista, com recessão global e suspensão dos cortes da Opep+.
  • Oferta global deve aumentar, com a Opep+ elevando produção em 411 mil barris/dia em junho e possível novo aumento em julho.
  • Demanda global projetada mais fraca, com crescimento de apenas 300 mil barris/dia entre 2024 e 2025, impactada por tensões comerciais.
  • Empresas petrolíferas latino-americanas precisarão focar em eficiência operacional diante de preços mais baixos e voláteis.

Índice

Revisão das Projeções para o Preço do Petróleo

O Goldman Sachs atualizou suas projeções para o preço do petróleo, indicando que o barril do Brent deve atingir cerca de US$ 55 em dezembro de 2026, enquanto o WTI (West Texas Intermediate) deve chegar a US$ 51 no mesmo período. Essas estimativas fazem parte do cenário base do banco, que considera um equilíbrio gradual entre oferta e demanda no médio prazo.

No entanto, o banco também alerta para cenários mais pessimistas. Em caso de uma recessão global combinada com a suspensão dos cortes de produção da Opep+, o preço do Brent poderia cair para menos de US$ 40 até o final de 2026, o que representaria uma pressão significativa sobre o setor.

Para 2025, as projeções indicam um preço médio do Brent em torno de US$ 63 e do WTI em US$ 59, valores que já foram revisados para baixo em relação a estimativas anteriores. Essa revisão reflete uma expectativa de maior oferta e menor crescimento da demanda global.

Fatores que Influenciam a Oferta e a Demanda

A principal razão para a revisão das projeções é o aumento esperado da oferta global de petróleo, liderado pela Opep+. O grupo decidiu elevar a produção em 411 mil barris por dia em junho de 2024, com possibilidade de um novo aumento semelhante em julho. Essa expansão da oferta tende a pressionar os preços para baixo, especialmente se a demanda não acompanhar esse ritmo.

Por outro lado, a demanda global por petróleo está projetada para crescer de forma mais modesta, com um aumento estimado de apenas 300 mil barris por dia entre 2024 e 2025. O Goldman Sachs destaca que as tensões comerciais entre Estados Unidos e China contribuem para essa desaceleração, especialmente no último trimestre de 2026.

Essa combinação de maior oferta e crescimento mais lento da demanda cria um cenário de superávit que pode limitar a valorização dos preços do petróleo nos próximos anos.

Impactos para as Empresas Petrolíferas Latino-Americanas

Diante desse cenário de preços estabilizados ou em queda, as empresas petrolíferas da América Latina enfrentam desafios importantes. A pressão sobre as margens e a rentabilidade exigirá maior eficiência operacional e controle de custos para manter a competitividade.

Além disso, a volatilidade dos preços pode afetar avaliações de mercado, investimentos em novos projetos e estratégias de expansão. Empresas como Petrobras (PETR4) e outras petroleiras regionais precisarão adaptar suas operações para um ambiente mais desafiador, focando em inovação e sustentabilidade para garantir resultados consistentes.

Análise dos Especialistas do Goldman Sachs

Os estrategistas do Goldman Sachs, liderados por Daan Struyven, explicam que as revisões refletem uma mudança no equilíbrio de longo prazo do mercado de petróleo. Eles destacam que os estoques globais permanecem relativamente baixos, mas há uma tendência clara de disciplinar estrategicamente a oferta, especialmente do petróleo de xisto dos EUA.

O banco reforça que, embora o cenário base considere preços mais baixos, existem riscos significativos de queda caso ocorra uma desaceleração econômica global combinada com a suspensão dos cortes de produção da Opep+. Essa combinação poderia levar a um superávit ainda maior e a preços abaixo de US$ 40 por barril.

Para as empresas do setor, especialmente na América Latina, o momento exige atenção redobrada às condições do mercado e ajustes estratégicos para enfrentar um ambiente de preços mais desafiador.

FAQ – Perguntas Frequentes

P: Por que o Goldman Sachs revisou para baixo as projeções do preço do petróleo?
R: A revisão se deve ao aumento esperado da oferta global, especialmente pela Opep+, e à projeção de uma demanda global mais fraca, impactada por tensões comerciais e riscos de recessão.

P: O que pode fazer o preço do petróleo cair para menos de US$ 40?
R: Uma combinação de recessão global e suspensão dos cortes de produção da Opep+ pode gerar um superávit de oferta que derrubaria os preços para abaixo de US$ 40 por barril.

P: Como a alta oferta da Opep+ afeta as petroleiras latino-americanas?
R: A maior oferta tende a pressionar os preços para baixo, o que pode reduzir margens e lucros, exigindo maior eficiência operacional das empresas da região.

P: Quais são as perspectivas para a demanda global de petróleo?
R: A demanda deve crescer de forma moderada, com aumento estimado de 300 mil barris por dia entre 2024 e 2025, influenciada por fatores econômicos e comerciais globais.

P: Como investidores podem se posicionar diante dessas projeções?
R: É importante acompanhar as estratégias das petroleiras, diversificar investimentos e considerar o impacto da volatilidade dos preços do petróleo no mercado financeiro.

Para Finalizar

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